segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Gêmeos - Como assim doutor??


Normalmente planejamos ter filhos, mas nunca planejamos gemelares. A gestação múltipla foge ao controle, mesmo quando há uma predisposição genética ou tratamentos para infertilidade. Normalmente, após o nascimento de um filho, levamos algum tempo para que comecemos a conhecê-lo e entender as suas necessidades.
Quando precisamos fazer isso simultaneamente com dois ou mais bebês, esse processo é ainda mais difícil. Algumas mães, ainda com os filhos no útero, começam um processo de diferenciação, dizendo que um é mais inquieto ou mais dorminhoco que o outro. Normalmente os localizam e identificam pela posição que ocupam no útero. Inclusive, existem alguns estudos que apontam alguns paralelos entre bebês gemelares no pós-parto: o que estava melhor acomodado na barriga é o mais tranqüilo, suga melhor, e o que estava espremido no cantinho está sugando pouco, é irritadiço, chora mais e só se acalma quando vai para o colo.
Perceber as diferenças entre os filhos desde o útero pode ser algo muito útil no sentido de se diferenciar a individualidade de cada bebê, mas por outro pode ser extremamente negativo, se a família começa , a partir das diferenças, fazer as comparações entre os gêmeos, em que um supostamente é melhor ou se comporta melhor do que o outro. Durante o primeiro ano de vida começam as descobertas dos gêmeos: brincam muito entre si, descobrem o próprio corpo e o corpo do irmão... é a possibilidade de ter um espelho permanentemente à sua disposição.
Mas não podemos esquecer que as semelhanças , quando existem, são somente físicas. Já a personalidade de cada um é diferente, bem como suas necessidades e interesses pessoais. Os gêmeos são um para o outro, um forte modelo de identificação. Algumas vezes desenvolvem uma linguagem própria, só inteligível para os demais. Como estão na mesma etapa de desenvolvimento, podem precisar de mais estímulos diários para seu progresso, ao contrário do que acontece quando os modelos de identificação são adultos ou irmãos mais velhos. Afinal, filho é só filho, não a extensão de nós mesmos.
Ter filhos gêmeos é a possibilidade de aprender a ser menos egoísta, de estar mais disponível e de respeitar o desejo do outro.
Clarice Skalkowicz Jreissati Psicóloga

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá minha xará obrigado pela visita, já te coloquei nos meus favoritos.
bjos!!

ruth disse...

amei o texto.
filho ja é bom 2 entao deve ser bom demais...
beijos

Viviane disse...

oi querida tudo bem?
boa semana pra ti
prometo nao sumir mais heheh

beijos

Unknown disse...

ois tem selinho pra vc no meu blog bjs